sábado, 17 de janeiro de 2009

PÓS-RESIDÊNCIAS

Depois de muitas conversas chegamos à seguinte estratégia para abordarmos as residências:
um jogo de ficção proposto pelo Thiago Granato aos residentes.

Esse jogo consiste na seguinte pergunta:
SUPONDO QUE VOCÊ NAO TIVESSE PARTICIPADO DAS RESIDÊNCIAS DO PROJETO DESABA, QUE PERGUNTA VOCê FARIA PARA QUEM PARTICIPOU?

A perguntas serão enviadas ao Thiago que, sem revelar o nome do autor vai relança-la aos residentes para que obtenhamos perguntas-respostas.

As perguntas serão respondidas via blog e, conforme isso vai se configurando teremos um espaço para articular o que foi para cada um e vizualizar a “paisagem” do geral.

link para texto pós-residência

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

CONSIDERAÇÕES SOBRE O RESIDIR

Residência - aproximar artistas de diferentes áreas para criar estratégias de criação e atualizar os próprios processos individuais numa organização colaborativa que se apóia na liberdade individual para o desenvolvimento de um sistema que preserve a duvida enquanto exercício critico.

Dentro desse ambiente temos a chance de levantar questões importantes sobre criação, sobre a experiência de compartilhar, sobre comunicação, sobre elaboração de ferramentas de investigação, além de promover mecanismos de retenção e documentação do próprio processo que possam ganhar novos contornos, novos acessos e interlocutores.

Quando se cria um ambiente onde se prioriza a autonomia, promovemos a emancipação da inteligência e, assim, temos a chance de desarticular os hábitos que muitas vezes nos condenam.
Promover a emancipação da inteligência é apostar também na potencia do existir pelas diferenças, dissolver hierarquias e apostar na curiosidade como força vital e possível meio de invenção de mecanismos mais instigantes para desautomatizar relações e percepções sobre o fazer artístico.
A curiosidade pode nos levar à expansão de nossas próprias redes e promover a criação de outros nichos, talvez mais coerentes com nossas questões e praticas.

Que estratégias podemos criar para que nossos processos criativos promovam a expansão de nossos interesses, desejos e praticas em arte ? 
De que forma podemos não reduzir um processo pautando-o apenas à uma produção que atenda ao mercado (mas sem negar a sua existência) ?

Pela experiência do residir destacamos a importância da criação de condições iniciais geradoras de contextos onde estudo e atualizações possam acontecer. 
Entendemos que através dos movimentos individuais podemos incitar o entorno e criar convergências potentes.

Iniciamos essa jornada desabando em nossos próprios mundos através da hipótese de que criação vem antes de projeto e, foi assim que nos concentramos em conduzir todas as etapas desse experimento, driblando ansiedades, vícios e projeções, assim como processos burocráticos e administrativos que também informam esse caldo criativo. 
Nos concentramos em priorizar os procedimentos propostos nesta criação, vivendo-os com a atenção de criação.
Através desse principio nossas ações encontraram limitações e necessidades de encontrar novos ganchos para sua expansão e consequentemente, novas questões e praticas emergiram e foram incorporadas delineando essa jornada com absorções mais intensas e com resoluções que apontam para caminhos futuros.